quarta-feira, 24 de junho de 2009

Abuse & Use



Antes de mais nada, assista o vídeo abaixo.







"Whatta hell is that?"



Esse vídeo animal demais, me fez pensar em fatos da vida e da sociedade.

Essa semana resolvi fazer um teste (um dos muitos que faço). Coloquei a mesma calça social que vou toda semana, uma camisa comum (daquelas que se não for trabalhar, ela vai por você de tanto que usa) e pra incrementar um blaser, que eu quase nunca uso. Onde estava o teste: o quanto esse blaser me faria diferente? Eu sou um cara comum, não sou e nunca fui um exemplo de cara "pop" e bonitão, que todos bajulavam. Mas nesse dia, o blaser fez sentir-me como o Michal Bublè do escritório. É, ouvi vários "Nossa! Você está elegante hoje", "Nossa! Charmosão, hein?", "Nossa vai pregar aonde?". Não podia deixar o sucesso me subir a cabeça, aquilo era em nome da ciência!Simplesmente sorria, balançava a cabeça e falava que não tinha nada de mais em mim.

Legal, resultado do teste: "Você é visto pelos outros, quando você se faz ser visto". Tudo bem, todos que me falaram isso me conheciam, mas tente ir pedir um empréstimo ou ir comprar um carro com terno, gravata e uma maleta, e depois mande um amigo seu ir de chinelo e bermuda. O vendedor vai fazer malabarismo pra você, vai querer te agradar e se for mulher você pode até ganhar uma cantada. Já o seu amigo, além de não receber muita atenção do vendedor, corre o risco de ser mal tratado e se for mulher, ela ainda pode pedir para O vendedor amigo dela, atendê-lo por que ele parece suspeito.



Um blaser, uma meia-calça no rosto, um óculos escuros de marca na cabeça, são visualmente impactantes. Mas pensando bem, nada disso é real.

O cara da foto acima é Frank Abagnale Jr., sempre de terno, gravata e maleta na mão. Jovem, bom de papo, inteligente e simpático. Quem assistiu o filme "Prenda-me se for capaz" conhece esse cara e a sua história. Foi um dos caras mais procurados da história dos Estados Unidos. Tenho meus pontos a favor e contra a história do Frank, mas a idéia é a seguinte: ele era um cara visualmente bom, mas o que ele tinha na cabeça era se dar bem as custas do governo(um dos pontos que curto) e isso era ilegal, logo ele era um bandido. Se todos que ele enganou pudessem pensar que por trás desse sorriso simpático e desse terno bem passado, pudesse existir um golpista, os Estados Unidos estariam alguns dólares mais ricos.

Preconceito visual está relacionado a tudo: roupas, acessórios, visual, aparência e etc. E preconceito não é só uma coisa negativa, nesse caso prever que o cara era um "bom rapaz" foi uma merda.

Agora vou ser completamente contraditório. "O que vale é o que está por dentro", discordo. Mas como aquele nerd, gordinho e timido (sem alusões a minha pessoa) arrumou uma namorada tão gata? Ela em algum lugar, de algum modo acha ele espetacular e lindo por fora. Ele não tem o melhor coração do mundo, mas ele soube fazer algo que você não soube fazer, e isso fez com que ela visse (não me pergunte o que). Nem que tenha sido colocar um blaser e ir para o escritório. Isso chama a atenção! (Sacou a contradição?) Onde acho que tá o ponto de tudo isso? Vou sim me vestir melhor, passar um perfume pra ser visto, usar mais o blaser. Mas não vou deixar que as pessoas me vejam como o "Blaser perfumado ambulante" e sim ser visto como um cara espetacular (como o nerd acima), do jeito que for.

Próximo teste: Quantos minutos o gato no cio, que mora no telhado do meu prédio, aguenta depois de ter comido ração com chumbinho.

(IBAMA: Isso foi uma piada)

2 comentários:

Anônimo disse...

Será q esse comment vai? Pq eu queria MESMO deixar registrado aqui como eu gooosto do q vc escreve!

Beijos da Ciotto chubby Hands!

Anônimo disse...

CONSEGUIIIIIIIIIIIIIIIII
(foi como anonimo, mas foi!!!

Ahn, seu blog AHAZA. Ai de vc se parar de escrever/postar. OK?