quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Ciclo


Pessoas memoráveis, sempre merecem ser memoráveis.


O costume nos faz esquecer quão importantes são as coisas e pessoas no nosso dia-a-dia e as vezes, só percebemos esse privilégio, quando elas nos são tiradas da rotina. Graças a Deus eu soube aproveitar (no bom sentido) bem a companhia e as lições de um grande amigo que está partindo em uma nova empreitada. Talvez esse seja o motivo de eu não estar tão preocupado, pois sei que no que depender de mim manterei contato com o meu "irmão-mais-velho-que-eu-nunca-tive".


"O que é seu tá guardado." (Frase do e-mail de despedida, muito significativa)

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Tzu


No meu interior, os vários eus
Travam batalhas incessantes
Vivem em luta por um fim feliz
Dos conflitos eternos da vida

O bom e o mau não se bicam
O humilde e o soberbo se batem
O sonhador e o racional brigam
O sábio e o tolo debatem


Todos eles na mesma sala
Apertada, quase inacessível
Mas nenhum deles se estranha mais
Que o que pensa tanto em você
Com o que quer te esquecer.



"A gente ria tanto desses nossos desencontros, mas você passou do ponto e agora eu já não sei mais... Eu quero paz! Quero dançar com outro par pra variar, amor..." (Marcelo Camelo)

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Resposta




Muito louco.


Hoje aprendi que nossos maiores problemas tendem a se resolver da forma mais simples possível. Soa louco? "Não existe problema que não possa ser resolvido", isso todo mundo sabe. Você tenta, tenta e tenta. Tudo o que você precisa pra ter paz é uma solução, positiva ou negativa. Ela não vem. Minha opinião depois de hoje? Seja um bom perdedor. Pare de tentar um pouco! Sabe por que?


Primeiro: os seus olhos se abrirão para novas soluções. O que poderia te ajudar a resolver está bem na sua frente, só restava perceber/aceitar.


Segundo: deixando de tentar um pouco, você tem mais tempo para cuidar de outros problemas. E tentar, tentar e tentar. Não conseguiu? Próximo problema!


Terceiro: quando você menos esperar, da forma mais inusitada possível, a resposta poderá vir. Demore ela 2 dias ou 20 anos, ela virá, como um presente da vida.


Quarto: você rirá, tanto quanto eu ri hoje, ao ver como nós somos bobos o suficiente pra achar que ainda temos poder pra resolver algo.


Minha mãe ri até hoje de uma redação que escrevi quando era criança, sobre "esperança". "Eu sou assim: tento, tento, tento. Se não conseguir, eu desisto." Básico! Desde pequeno eu já não era burro de errar mais de três vezes.


Já diria a frase atribuída ao Jabor "Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração!" Pra ser bom, precisamos do conjunto! Problemas são bons e fazem a vida girar, mas não podemos fazer com que eles se tornem pedra de tropeço, mas sim as pedras no caminho de Pessoa.


É como seu confidente sempre te disse: O que tiver de ser, será. Caramba! Tentou? Cansou? Vai esmurrar as portas pra que elas se abram para você e até ficar mais cansado ainda?



Sente, espere, veja os resultados e ria de toda essa ironia.


"Por ironia do destino a ÁRVORE chorou quando viu que o cabo do machado era feito de MADEIRA." (Eduardo Poly)

Força!

É, como a vida muda!
E mudo fico ao pensar
Quão diferente vai ser.
Mesmo sabendo como estará,
Sem ver-te, só sobrará
A falta.

"Alguém que está ausente, mais presente que os ausentes ao meu lado." (Eu mesmo)

Uma homenagem aos amigos que buscam novas empreitadas, mas tem um pedaço na minha história de vida. Força! Tamoaí!

domingo, 18 de outubro de 2009

Sal


Esse final de semana, eu fui com alguns amigos para praia. Choveu muito nos primeiros dias, isso me fez manter a cabeça em coisas que havia deixado pendentes em Campinas, aquelas coisas que te tiram o sono, mas hoje, conseguimos uma pontinha de salvação com a falta de chuva (e não o sol). Essa pontinha de salvação nos rendeu uma ida a praia. A nossa ida a praia nos fez alugar um Jet Ski, cuja eu nunca tinha andado. A minha boa e velha empolgação de criança, me fez correr em direção ao mar e ver aquele enorme brinquedo como se fosse um presente pra mim. Andei primeiro na "garupa", foi bacana, ri muito. Dirigi a parada e minha amiga me acompanhou, como carona. Foi mais bacana, curti mais, ri mais ainda. Aí, tive que vê-lo indo embora quando acabou o tempo. Não aguentei, precisava de mais. Conseguimos um preço melhor. Andamos mais um pouco, eu como passageiro, caí umas duas vezes, dirigi um pouco mais. Agora a história começa a mudar de rumo: quando fui entregar o Jet para os meus amigos andarem, eles me deixaram usar o resto do tempo, mais ainda, SOZINHO. Eles ainda não sabem o significado que aquilo teve. Acelerei ao máximo na saída. Gritava, como se aquilo fosse a última coisa que eu faria na vida. Fui contra as ondas, pulando e gritando com toda força dos meus pulmões(a ponto de soar como um desperdício de ódio reprimido.). Depois de três pulos seguidos, terminando com uma forte queda no Jet Ski, tive que parar. Ali, no meio do mar. sozinho, de frente para uma ilha. Só então me dei conta de uma coisa: eu tinha esquecido de todos os meus problemas, aqueles que fiquei pensando nos dias de chuva. Aquele momento era tão intenso, que minha cabeça só conseguia pensar no vento batendo no meu rosto, misturado com os esguichos de água salgada e a minha única reação era gritar, gritar do fundo do coração.


O que isso pode nos ajudar? O filme "Peaceful Warrior" tem como uma de suas filosofias a seguinte: "Há sempre algo acontecendo.". Cara, pense nisso. É louco pensar como deixamos momentos bacanas (por mais que simples), passarem batidos, simplesmente por que minha cabeça estava cheia de coisas que não poderiam ser resolvidas naquele momento, mas minha mente psicóticamente sistemática precisava de um plano, para resolvê-los. No meio do mar, me dei conta, que os dois dias anteriores, nos momentos em que estava pensandos nos problemas, perdi risadas com os meus amigos, ou o tempo de aprender algo novo com o que eles diziam, simplesmente por que aquele momento não era tão atrativo como andar de Jet Ski. Mas aquilo era um momento! Foram alguns minutos da minha finita vida, que eu deixei de crescer ou de me divertir, simplesmente por que minha mente não estava focada naquele momento.


Aquele grito (sim, foi um só, muito longo), foi como a melhor forma de expressar que eu estava livre tudo que estava em terra firme e que aquele momento merecia ser apreciado, da forma que EU quisesse.


É difícil as vezes esvaziar a cabeça dos problemas pequenos e incômodos. Mas não podemos deixar esse momento, o "agora" passar batido, simplesmente por que os problemas existem.


O resultado daquele momento maravilhoso? Dores no corpo todo, dor de cabeça muito forte e falta de ar. Mas tudo valeu a pena, por que eu curti aquele momento, agora estou cuidando das dores.



"Feel the rain on your skin. No one else can feel it for you!"(Natasha Bedingfield, Danielle Brisebois, Wayne Rodriguez na música "Unwritten")
PS: Por exemplo, enquanto escrevia esse texto, não pensei em mais nada além do texto. Aqueles problemas? Serão resolvidos quando tiverem que ser resolvidos.