sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Era


Nos três tempos que vivemos
Lemos as situações de formas
Algumas vezes leituras torpes
Fadadas de ego e convêniencia.


O antigo, como um livro de história
Deve ser relido, para relembrar
Os erros e acertos do caminho
Como foram. Sem ornatos, o que foi.


Leia-me, leia-se e escreva-se
Não posso ler o que não vejo.

O corrente, sem decodificações
Lendo o visível, sem presunções
Uma leitura rápida e eficaz
Também, saiba dar as letras certas.


Leia-me, leia-se e escreva-se
Não posso ler o que não vejo.

O pós-agora, leia-o feliz e real
Sonhe com o impossível
Leia sua história, da sua forma
E faça o impossível para concluí-la.


Leia-me, leia-se e escreva-se
Não posso ler o que não vejo.

Eras já se foram (demais) decifrando seus escritos ilegíveis.
Tiro meus óculos para não ler-te mais. É bom andar sem foco.


"Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não lêem" (Mario Quintana)

2 comentários:

@amanda_arm disse...

Tiro meus óculos para não ler-te mais. É bom andar sem foco.

CARALHO Ro...congrats. Mesmo.

Prika disse...

Eu li esse texto umas 7 vezes, sem brincadeira.. e só entendi agora...
e olha que eu to sem óculos!