segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Solitude


"Um aventureiro precavido", foi assim que alguém me definiu certa vez. Ontem assisti um filme que se chama "O amor pede passagem". Filmão, trilha boa, bons atores, boa história. Mas o que mais me chamou a atenção foi o personagem Mike, funcionário e herdeiro de um hotel. O cara se apaixona por uma hóspede aparentemente inalcançável, independente, bonita, de cidade grande e sentimentalmente fechada. Ela faz com que ele se apaixone por ela (não por filhadaputagem, mas por que ela queria um pouco de aventura), depois ela vaza. Ele então decide atravessar o país atrás de alguém que mal lembra da existência dele.

Aprendi algumas coisas com todas as reviravoltas do filme:
1- Se você é realmente apaixonado por alguém ou alguma coisa, seja corajoso por ela, custe o que custar.

2- Seja quem você é o tempo todo. Fale o que tiver que falar, fale o que está sentindo, mesmo que isso possa soar babaca no ouvido de alguém.

3- Aventuras fazem parte da vida. E por mais pequenas que elas sejam, elas movimentam a nossa vida. Estar preso a um lugar, alguém, alguma coisa, que você não tem certeza de um futuro, não pode ser chamado de aventura, e sim risco mais seguro. Aventura é o novo, o renovado ou o eterno!

Quando os portugueses vieram para o Brasil, todos sabem que eles vieram em naus. Naus são barcos vélicos, ou seja, eles se movimentam através do vento. Nas cartas escritas durante a viagem, eu ri, ao perceber que os piores dias para os marujos, eram os dias de calmaria. Sem vento, sem ondas, logo barco imóvel. Sol escaldante, alimentos estragando e etc. As cartas relatam que os dias que eles mais se moviam eram os dias de tempestades. Sangue no-zóio, brother! Os tripulantes morriam de medo das tempestades, mas se era necessário enfrentá-las para chegar ao nosso objetivo, bora lá!

Se você quer calmaria, segurança plena, como eu queria até a um tempo atrás, aceite as conseqüências. Não conheça novas pessoas, não de risada dos seus erros, não chore de dor, não se molhe, não aprecie o gosto de uma possível vitória.

Quando sentir que aquele é o caminho certo, o seu caminho, mire suas velas em direção a tempestade, viva a tempestade, chegue a beira da morte e quem sabe isso não te levará mais rápido a sua terra prometida? Tudo é uma questão de atitude.


"O futuro não é mais incerto que o presente." (Walt Whitman)

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