Blog de macho, que é blog de macho, tem partipação feminina. Por isso convidei algumas moças para me ajudar com o tema "independência feminina". A primeira delas foi minha parceirona Amanda Armelin(@amanda_arm), dona do recomendadissímo blog SaiDaqui, que discorreu sobre o tema de forma exclusiva para o Vem Cá.
E assim, meio que de repente, me peguei pensando em independência. No que essa palavra realmente significa. E cheguei a conclusão que é muito mais que não morar com os pais, pra ser sincera.
Em épocas de vencer paradigmas inglórios de uma sociedade hipócrita e instintivamente machista, ser uma mulher independente é bastante difícil, eu afirmo.
Desde que me conheco por gente, vi mulheres lutando por direitos iguais: No trabalho, em casa, ou no boteco da esquina. Conheci homens que cuidam da casa e dos filhos enquanto suas mulheres trabalham, e conheci mulheres que nunca aprenderam mais que pilotar um fogão e amamentar os filhos.
Confesso que não sou muito a favor de nenhum dos dois extremos. Enquanto o machismo me irrita, o tal feminismo é hipocrisia pura. Acho que direitos iguais, como o próprio propósito já diz, iguala os sexos, e que ninguém é mais que ninguém. Em absolutamente nenhum quesito.
Muita gente por aí pensa que mulher independente é feita de ferro. Que não chora, que não precisa de homem ao seu lado. Baita engano. Só porque ela “dá conta do recado”, não quer dizer que ela não tenha sentimentos, viu? Quando ela estiver de TPM, ela vai se entupir de chocolate e chorar por qualquer motivo besta. Ela vai querer alguém pra estar ao lado dela, e ajudar em tudo. Ela vai querer casar e ter filhos, sem cogitar deixar o emprego de lado. E romantismo vai ser SEMPRE muito bem vindo.
Só porque ela divide as contas com você, isso jamais vai quer dizer que ela não precise de flores de vez em quando. Pense nisso.
Voltando ao assunto, liberdade é algo que se conquista. Mas tem seu preço. E independência normalmente anda com ela.
Eu, por exemplo, saí de casa aos dezessete anos, por problemas familiares. Na época, a idéia me assustou muito, mas hoje vejo que foi um fator decisivo na formação de meu caráter independente. Meus pais já tinham feito a parte deles. Achei que estava na hora de provar que a educação que recebi serviu pra algo.
Administrar as finanças. Manter a casa em ordem. Trabalhar. Cozinhar. Ter uma vida social.
Deixar de sair com os amigos para lavar roupa (na mão). Trabalhar até mais tarde para pagar as contas no fim do mês (e voltar dirigindo de madrugada, de outra cidade). Diminuir a vida social para economizar grana. Não ter a roupa da moda. Cozinhar (sério, eu não sabia fritar um ovo).
Desafios que só me fizeram crescer. Aprendi com o tempo o preço e o sabor de ser quem eu sempre quis.
Hoje, tenho vinte e dois anos. Sou Formada em MBA. Financeiramente bem sucedida. Trabalho no que gosto. Tenho casa própria, e meio de transporte. Me dou alguns luxos. Pratico meus hobbies. Cozinho como ninguém. Tenho os melhores amigos do mundo. E encontrei a pessoa perfeita para estar ao meu lado. *.*
Feliz como nunca. Foi simples assim.
“Porque ninguém pode saber por ti. Ninguém pode crescer por ti. Ninguém pode buscar por ti. Ninguém pode fazer por ti o que você mesmo deve fazer. A existência não admite representantes.” - Jorge Bucay (1949-?)
Valeu, Amandinha!
3 comentários:
É sempre um prazer colabrorar com amigos maravilhosos como você.
Conte sempre comigo.
Adorei a parceria ^^
Texto do caralho, mesmo!!!
Faz parar pra pensar. Incrível essas coisas da internet: alguém q vc nunca viu na vida falando o q vc precisa ouvir.
Parabéns pra Amanda e parabéns pro Goulart pro abrir o espaço.
Nossa, agora me achei. Rs.
Valeu @leosias !!!
De coração =p
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